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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Levei um fora, e agora? Vanessa Fagundes

Imagem via Les choses

Meninas,
Livro bacana para ajudar numa fase difícil, que infelizmente acaba acontecendo na vida de todas nós, não é? Sempre é muito ruim levar um fora...
"Quando isso acontece, elas choram, se trancam no quarto, pensam em se vingar, mas, quando o lado emocional fala mais alto, algumas até aceitam um pequeno "flashback" para matar a saudade do ex que as dispensaram. Já eles saem com os amigos e lotam as redes sociais de fotos onde aparecem rindo, curtindo a vida, e mostrando que o fora recém-tomado nem doeu tanto assim. De um modo geral, homens e mulheres agem de formas diferentes quando são abandonados. No entanto, independente da reação, todos estão sentindo a mesma coisa: o peso da rejeição.
Caroline Chieppa, radialista, conta como se sentiu quando o seu último namorado a dispensou, depois de uma briga banal, via mensagem de celular. "Nos dias seguintes me senti muito confusa, a sensação depois do fora é de querer voltar no tempo e fazer tudo diferente". Ela afirma que, apesar do susto, existe sim uma parte boa em levar um fora: "o que me fez seguir em frente foi o quanto mulher eu sou para dividir a minha vida com um cara infantil que não teve hombridade suficiente para terminar um relacionamento olhando nos meus olhos. Aprendi que quando existe amor, a gente quer estar junto independente de qualquer coisa".
A autora do livro Levei um fora, e agora?, Vanessa Fagundes, passou por situação semelhante e resolveu compartilhar sua experiência no livro. Segundo ela, o grande erro das pessoas é querer acertar na loteria do amor sem sofrimentos. "Precisamos experimentar para ter certeza do que queremos e de que estamos escolhendo certo. E isso só acontece 'batendo a cabeça'", afirma.
Para quem está se sentindo rejeitado ou sozinho, ela avisa: "todos estamos sujeitos a levar um fora, pois relacionamentos são feitos de pessoas diferentes que podem, de repente, perceber que não combinam mesmo. Não acho que o fato de levar um fora deva ser visto de maneira trágica, mas como ele realmente é, ou seja, aquela pessoa não combina comigo e pronto. Existem muitas outras que combinam."
Começar de novo é preciso e tentar tirar a parte boa dessas experiências é um bom exercício de amadurecimento para as próximas relações. Confira dicas dos especialistas.
Chore, mas saiba a hora de parar
Sofrer é preciso, mas, segundo a psicóloga Angela Costa, é preciso ter como objetivo superar o luto o mais cedo possível. "Não é possível falar com precisão sobre esse tempo, embora exista a necessidade de compreender o processo."
Ela explica que ficar alimentando a dor por muito tempo torna-se um processo de autodepreciação. Por isso, é importante perceber que a dor vai diminuindo com o tempo. "À medida que a pessoa começa a fazer novos envolvimentos, emerge a esperança de continuar a viver. É possível perceber que, embora a pessoa que se foi jamais virá a ser esquecida, a vida pode e deve continuar a ser vivida", explica.
"Mas ele era tão bom..."
Ele tinha mil defeitos, mas bastou dar o "fora", pronto: o sapo virou um príncipe. Angela explica que "endeusar" o outro é uma defesa do cérebro. "A pessoa nega que levou um fora para poder aliviar sua dor, e admirar o outro faz parte dessa defesa."
Vanessa tem uma boa dica neste sentido: "o melhor a se fazer nesse momento é encarar o fato de que existe alguém no mundo que não está disposto a nos amar, mas em compensação, ainda restam outras milhares de pessoas que podem estar", observa.
Ele me trocou por outra - e agora?
Outro caso complicado é quando o motivo do fora foi uma terceira pessoa. Para Vanessa, tentar se comparar é o erro mais grave neste sentido. "O fato de ele preferir outra pessoa no seu lugar não quer dizer que a outra é melhor, mais bonita ou mais inteligente. Significa, somente, que vocês não combinam, e acredite, isso não é o fim do mundo."
Quem procura acha
Parece que as redes sociais foram a melhor invenção do mundo para buscar notícias sobre ex. Mas as especialistas avisam - evite, isso só piora as coisas. "A pessoa que perdeu continua vivendo essa relação ou até mesmo alimentando esse sofrimento", alerta Angela.
Vanessa acredita que é preciso "enterrar o ex". "Se quiser faça até um enterro simbólico do seu passado. Queime uma vela enquanto guarda no fundo da gaveta as fotos que tiraram juntos, apague o Orkut dele do seu computador, bloqueie o contato no MSN e simplesmente esqueça que um dia conheceu aquela pessoa. Se você quer parar de sofrer, não se engane achando que podem ser amigos nesse momento de dor."
À procura do ponto final
Tem também aquele ex que termina, mas insiste em continuar fazendo parte da vida: seja dando uma ligadinha de vez em quando, seja forçando a barra em uma amizade. A psicóloga Angela indica atenção nestes casos: "quando o namorado continua procurando, na maioria das vezes, é porque quer continuar no controle dessa relação. Enquanto ela permitir, essa relação nunca vai ter fim."
Livre-se da culpa
Um dos primeiros passos rumo à libertação do ex é fazer sumir da cabeça a tal frase: "onde foi que eu errei?". Para Vanessa, o fato é que ninguém é culpado quando uma relação chega ao fim. "Vocês simplesmente não combinavam tanto quanto você imaginava. É difícil pensar assim, mas em menos tempo do que você imagina, verá que tudo acontece para o seu melhor", pontua.
Xô, carência!
O ditado que diz que, para curar a dor de amor, é preciso encontrar um novo, nem sempre faz sentido. Segundo Vanessa, antes de começar a amar alguém, é preciso recuperar o amor próprio. "Quando levamos um fora, nossa autoestima cai violentamente, acreditamos que somos a pior pessoa do mundo e que ninguém mais nos quer, então corremos o risco de nos envolver com o primeiro que demonstrar interesse, fazendo-nos lembrar que ainda somos atraentes", indica.
Para não cair em roubadas, é preciso cautela. "O maior erro que cometemos é pensar que só seremos felizes se estivermos amando alguém. Eu digo que só seremos felizes se amarmos, antes de mais nada, a nós mesmos", observa.
Autoestima alta, já!
Trabalhar a autoestima continua sendo um dos principais conselhos dos especialistas. "Foque a sua atenção no que você tem de bom. Faça o exercício de ignorar os pensamentos de culpa e de autoflagelação, pois eles não te levam adiante. Exalte suas qualidades e procure aprimorá-las, então pense que você vai ficar irresistível e que o único a sair perdendo será seu ex", indica Vanessa.
Mexa-se
Cabeça vazia, cabeça no ex. Isso é o que acontece quando se leva um fora: ficar desocupado é um ótimo motivo para pensar no fim da relação. Para curar a dor, as especialistas indicam o investimento pessoal. "Aproveite a oportunidade que a vida está te dando para melhorar como indivíduo, para então encontrar pessoas que realmente mereçam estar ao seu lado. Já ouviu falar que a mudança começa com você?", provoca Vanessa.
Buscar conhecer novas pessoas, lugares, restaurantes, novas oportunidades de trabalho ou viagens podem representar um recomeço. "Várias opções de vida podem ser fantásticas, mas antes passavam despercebidas ou eram ignoradas, pois tudo que detinha sua atenção era o seu ex. Perceba que a única certeza que temos é de que teremos a nossa própria companhia pelo resto da vida, então vamos investir para que essa companhia seja a mais agradável possível", conclui.
Existe lado bom em levar um fora?
A parte boa de um fora, as especialistas concordam, é o aprendizado. "A principal dica é se observar, olhar para si mesmo e verificar onde errou para começar novamente", explica Angela. "Descobrir quem é você, o que gosta e o que você quer como objetivo em sua vida faz parte deste recomeço e de todo o processo de perda. Apenas perdendo é que aprendemos quem realmente somos e a continuar buscando", ela completa.
Para Vanessa, a única coisa ruim de levar um fora é a mudança de rotina, mas ela acha que é justamente isso que incita o lado bom da crise - a reflexão. "Eu encaro o término de um relacionamento como uma dádiva, pois dificilmente uma pessoa terá outro momento na vida que favoreça mais a reflexão. Temos medo do novo, mas o novo é sempre bom."
Para ela "a vida é como uma gaveta de escritório, que de tempos em tempos precisa de uma limpeza para abrindo espaço para coisas novas e melhores": "se a vida te mostrou que a limpeza precisava ser feita no seu relacionamento, então mãos à obra. Faça de você mesmo, tudo que basta para ser feliz! Depois disso, encontrar um novo amor será apenas consequência de seu novo estado de espírito", finaliza. Fontes -Por Danielle Barg, via Terra. Folha .Uol.
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Leia trecho do capítulo "A Técnica do Defeito".
Ex namorados são como vestidos velhos: você vê um retrato
antigo e não diz que um dia teve coragem de sair com aquilo
fase mais difícil talvez seja parar de pensar nele como "seu amor". Conhecer os defeitos do outro, nesse momento, pode ser um presente divino! Se você não consegue esquecer o seu ex (repare que de um segundo para o outro seu namorado passa à categoria de ex; isso pode ser chocante nos primeiros dias, mas garanto que passa), se fica horas só lembrando dos momentos inesquecíveis que tiveram juntos, pare com isso!
Adote a "técnica dos defeitos". Concentre-se nos defeitos dele. Pense naquele jeito asqueroso de o fulano comer, mastigando de boca aberta, falando com a boca cheia, coisas que envergonhavam você na frente de suas amigas e que você nunca mais terá que aguentar! Pense naquele dia em que você ficou esperando até tarde por uma ligação - afinal, você havia deixado claro que estava carente e precisando conversar - e em que, ao invés de ligar, ele simplesmente saiu com os amigos!
Pense nas inúmeras vezes em que você não se sentiu completamente satisfeita quando ficaram juntos. Mesmo sendo otimista, imagine que a tendência seria piorar daqui a alguns anos. (Se algum arrepio percorresse seu corpo, seria por causa do vento frio vindo da janela, pois ele estaria no quinto sono roncando ao seu lado.)"

Levei um fora, e agora?
Autor: Vanessa Fagundes
Editora: Matrix
Páginas: 88
Encontre: Pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

Vanessa Fagundes é formada em Direito e sempre se interessou pela psicologia humana. Além de um aguçado senso de observação, coleciona lições e experiências afetivas que a levaram a escrever esta obra, para ajudar outras pessoas a aprenderem com determinados acontecimentos da vida.

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