Sua história no mundo da costura começou no porão da casa onde morava, no Recife. O pai, costureiro por hobby, fazia os próprios ternos com fino acabamento. Escondendo-se da machista sociedade pernambucana da época, trabalhava na calada da noite, tendo Lourdinha como cúmplice e admiradora.
A menina observou tão bem que logo fazia as primeiras experiências. Rebelde, só queria saber de misturar materiais e cores diferentes, criando contrastes que, para surpresa da família, eram muito apreciados pela freguesia que logo foi se formando.
Aos 13 anos, teve a honra de costurar o vestido de casamento da irmã. No mesmo ano, o pai morreu e dois anos depois a empresa que havia deixado de herança teve de ser fechada. Lourdinha foi à luta. "Não sei se minha família era bem ou mal acostumada. O fato é que a única que sabia trabalhar era eu", lembra ela, que passou a fazer roupas sob medida. E nunca mais parou.
Há dez anos, percebeu que não estava fazendo o que realmente gostava. Aquela inquietação juvenil que ficara represada estava vindo à tona. "Não queria morrer sem fazer a minha moda". E a revolução começou.
O investimento foi grande, mas em 2004 veio a primeira prova de que a aposta pessoal estava dando certo. Convidada por Paulo Borges, apresentou uma coleção no São Paulo Fashion Week Outono-Inverno. O desfile foi aplaudido de pé, com demonstrações de comoção por parte da platéia.(uol)
Vestido de organza de seda plissada, Lourdinha Noyama; brincos e colar de ouro com diamantes,
Julio Okubo; sandálias com strass, Shoestock, preços sob consulta. Bustos da esquerda para a direita: top com aplicação de minifl ores e saia média, Lourdinha Noyama.
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