Sim, tem perdão
- De acordo com a psicóloga Josiane Zagha, saber se vale a pena perdoar uma traição, seja ela familiar, profissional ou amorosa, requer uma análise muito profunda e pessoal, já que a dor e o sofrimento são únicos. “Mas nem sempre é o fim do mundo – embora, na hora da descoberta, pareça. Por vezes, junto com a traição, vem o arrependimento e a posterior valorização do traído”, ela lembra.
- Além do mais, perdoar pode ser uma grande demonstração de força interna e capacidade de reformulação. Para a psicóloga, a capacidade real de superar as dificuldades e traições exige uma sabedoria infinita.
- “E querer perdoar é o primeiro passo para o perdão. Se a relação traz benefícios o suficiente para diminuir a dor e o respeito dos envolvidos na traição, então é válido reconstruir o vínculo, a confiança e, consequentemente, a relação”, explica Josiane.
Não, é imperdoável
- Perdoar nem sempre é a melhor saída, pois acarreta uma mudança emocional intensa. “E todas as traições impactam. Então, se a pessoa envolvida é muito significativa para o traído, a dor e a gravidade serão ainda mais intensas”, conclui a especialista.
- Além disso, ela ressalta: “Refletir sobre a vida e suas nuances pode levar a um perdão, mas não podemos afirmar que tudo será como antes. A situação será nova e, portanto, significará um grande desafio, repleto de estresse, ansiedade, menos valia, mágoa e tristeza. Reconstruir qualquer vínculo exige uma força emocional intensa”.
- E perdoar não é sinônimo de esquecer. “Ao menor sinal de instabilidade, será acionada a defesa emocional e a desconfiança do traído. Então, novamente ocorrerá uma crise, com uma nova diretriz”, reforça Josiane.
Por Ana Luiza Ribeiro
Fonte: Revista Zero, ed.15
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